03/02/2011

  Nesta nova época, Maria Sharapova apresenta-se com um novo treinador, Thomas Hogstedt de 47 anos. Como jogador apenas ganhou um título, como treinador obteve mais sucesso trabalhando com Tommy Haas e Li Na, entre outros. Todos estes jogadores tiveram bastante sucesso quando treinados por Thomas.

  Esta semana o sueco chegou a Moscovo juntamente com Sharapova tendo já realizado um treino. Depois do fim deste, Thomas aceitou responder a algumas perguntas feitas por "Championat.ru"

- Thomas, está a trabalhar com a Maria há pouco tempo. Como é que está a correr?
Thomas Hogstedt: Sim, nós estamos a trabalhar juntos apenas há 3 meses (sensivelmente). É muito pouco tempo. Espero que nos demos bem mas ainda agora começámos, é muito cedo para dizer algo em concreto.

- Está a pensar em mudar alguma coisa no jogo dela? Quais são as suas ideias?
TH: Estou só a tentar que ela volte ao que era. Passo por passo, para voltar a encontrar a agressividade do jogo dela, que lhe deu tanto sucesso quando ela estava no topo do ranking. Nós tentámos mudar um bocadinho de tudo para encontrar o equilíbrio. Desta forma, a Maria deve conseguir voltar para o lugar do ranking que merece.

- O senhor vai viajar com a Maria ao longo da época. Vai estar presente em todos os torneios?
TH: Sim estou a contar com isso. É importante para a nossa cooperação. A Maria passou por três anos difíceis quando quis dar a volta ao problema do ombro, porque ela estava a jogar mesmo muito bem. Nós esperamos que ela melhore gradualmente para voltar a chegar ao topo. Este é o objectivo que temos em comum.

- E em geral, qual é o principal objectivo para esta época?
TH: Primeiro e principalmente, nós queremos chegar ao Top 10. É muito importante jogar em torneios do Grand Slam. Seria óptimo voltar ao Top 5, mas tento não pensar muito nisso. Tu só precisas de avançar, passo por passo.

- O que pode dizer acerca deste encontro da Fed Cup entre a França e a Rússia? Quais são as oportunidades da Rússia na sua opinião?
TH: A Rússia tem uma boa equipa. A França também tem uma equipa decente. A Maria teve um encontro bastante difícil contra Virginie Razzano no Open da Austrália. Não é uma adversária fácil.
A Clijsters também é uma adversária complicada. São ambas muito fortes mas está claro que as Russas são as favoritas.

- O que acha das condições aqui de Moscovo?
TH: Acho que está tudo bem. Já estive aqui algumas vezes, na Kremlin Cup,  quando era treinador do Haas e do Kiefer. E uma vez também vim com a Li Na.
Há um tempo atrás, eu mesmo joguei aqui. Sempre gostei da capital da Rússia.

- Vamos falar sobre a sua experiência com a Li Na. No sábado ela jogou a final do Open da Austrália sendo a primeira chinesa a chegar às finais de um Grand Slam. Esperava uma exibição tão boa por parte dela?
TH: Sim, para mim não foi uma grande surpresa. Ela teve excelentes resultados, e não jogou pior o ano passado apesar de ter perdido nas semi-finais. Em 2010, ela derrotou a Venus Williams, a Daniela Hantuchova e a Caroline Wozniacki perdendo apenas para a Serena Williams com os parciais de 6/7 6/7. Este ano a Serena não jogou, o que tornou o caminho para a final mais fácil. Nós trabalhámos muito enquanto estivemos juntos e ela é muito boa jogadora, mas acho que a Maria vai ser ainda mais forte.